Roubo no Louvre: Fantástico mostra detalhes da arquitetura do museu

  • 26/10/2025
Dois homens são presos suspeitos de terem roubado joias do Louvre valendo R$ 550 milhões A galeria Apolo, área do Museu do Louvre onde aconteceu o roubo no domingo (19), fica no primeiro andar. O museu tinha acabado de abrir, às 9h. Meia hora depois, os bandidos estacionaram um pequeno caminhão com uma escada mecânica numa lateral menos movimentada da construção. Eles subiram até a sacada da galeria Apolo com vista para o Rio Sena. E quebraram os vidros. Em quatro minutos, os ladrões serraram os vidros, pegaram as joias e saíram pela mesma janela que entraram. A jornalista Elaine Sciolino acaba de publicar um livro sobre o Louvre. Ela conta que a ferramenta usada para quebrar as vitrines é a mesma indicada num manual de uso interno dos bombeiros do museu, com instruções para casos de emergência -- como incêndios ou inundações. Imagens da fuga mostram dois bandidos descendo por um elevador de carga acoplado à escada. Outros roubos em museus A própria Monalisa já foi roubada do Louvre. Em 1911, um italiano, ex-vidraceiro do museu, acreditava que a obra deveria voltar à Itália, pátria de Leonardo da Vinci, que pintou a obra. O museu ficou uma semana fechado. Até Pablo Picasso foi interrogado. A pintura passou dois anos escondida no apartamento do ladrão, embaixo da cama, mas foi recuperada pela polícia. Em 1990, dois homens levaram A Tempestade no Mar da Galileia, de Rembrandt, O Concerto, de Vermeer e mais onze quadros que estavam num pequeno museu em Boston, nos Estados Unidos. Foi o maior roubo de obras de arte da história. As telas nunca mais foram encontradas. No Brasil, em 2007, O Lavrador de Café, de Cândido Portinari, foi furtado do Museu de Arte de São Paulo, o Masp. Dezenove dias depois, o quadro foi localizado e devolvido ao museu. Em 2019, um lote de joias no valor de 1 bilhão de euros foi levado de um museu em Dresden, na Alemanha. A polícia recuperou algumas peças, mas algumas nunca foram recuperadas. Falhas de segurança Agora, o roubo do Louvre coloca em xeque a segurança de todos os museus do mundo. A jornalista Elaine Sciolino teve acesso a um relatório que está sendo feito por autoridades francesas. O texto aponta falhas gravíssimas na segurança. Apenas 25% das salas de uma das alas mais importantes são monitoradas por câmeras. "Quando um edifício ou monumento é considerado patrimônio histórico, você só pode mexer numa parede depois de passar por muitas camadas de burocracia. Imagina instalar uma câmera numa parede centenária de 60 centímetros de espessura. Leva uma vida para aprovar!", conta a jornalista. Elaine conhece bem os problemas do Louvre. "Tem vazamentos no teto, tem encanamentos estourados... O Louvre fica às margens do rio Sena, é um zona que alaga. Às vezes entra água nos porões e é preciso fechar exposições. É como administrar uma cidade antiga." O museu é um labirinto com mais de 400 salas de exposição. Mas na manhã de domingo (19), a estudante brasiliense Aline Lemos chegou cedo e escolheu visitar justamente a galeria Apolo. "Eu entrei mais admirada com essa ornamentação e comecei a filmar. E aí eu já no final da sala, eu terminando de fazer o meu vídeo, começou um barulho de pancada na janela e isso já alertou todo mundo. E a batida continuou e iniciou na sequência o barulho de motosserra", conta a estudante. "Eu vi, eu vi rapidamente. Então não deu pra ver esses ladrões entrando, só ouvi mesmo o barulho e os demais funcionários direcionaram todo mundo, com muita pressa, pra entrada principal do museu, que fica aqui abaixo das pirâmides." Aline conta que, depois de uns minutos, os turistas foram liberados para retomar a visita, mas em seguida veio outra ordem para se retirarem. O museu mais visitado do mundo sempre despertou a curiosidade dos mais de 30 mil visitantes que passam por aqui todos os dias. Mas agora, o Louvre ganhou mais uma atração. Os turistas estão ansiosos para ver o local do crime, e chegar o mais perto possível da galeria Apolo, o lugar de onde as joias foram roubadas. Mas vão ter que esperar um pouquinho, a galeria esta fechada sem previsão para reabrir. As peças roubadas no domingo Dois suspeitos pelo assalto foram detidos no sábado (25) em Paris. Oficiais prenderam um deles, que tem dupla cidadania francesa e argelina, no aeroporto Charles de Gaulle quando o homem tentava embarcar num voo para a Argélia. O outro suspeito é francês. Os dois já eram conhecidos pela polícia pela prática de roubos sofisticados. A polícia francesa está analisando mais de cento e cinquenta amostras de DNA e impressões digitais deixadas na cena do crime. Autoridades não mencionaram se os suspeitos estavam com alguma joia. As oito peças levadas pelos assaltantes valem o equivalente a R$ 550 milhões. Segundo a rádio francesa RTL, as peças que os ladrões deixaram nas vitrines foram transferidas na sexta-feira (24) para um cofre no Banco da França -- numa operação sigilosa e fortemente armada. Ouça os podcasts do Fantástico ISSO É FANTÁSTICO O podcast Isso É Fantástico está disponível no g1 e nos principais aplicativos de podcasts, trazendo grandes reportagens, investigações e histórias fascinantes em podcast com o selo de jornalismo do Fantástico: profundidade, contexto e informação. Siga, curta ou assine o Isso É Fantástico no seu tocador de podcasts favorito. Todo domingo tem um episódio novo. PRAZER, RENATA O podcast 'Prazer, Renata' está disponível no g1 e nos principais aplicativos de podcasts. Siga, assine e curta o 'Prazer, Renata' na sua plataforma preferida.

FONTE: https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2025/10/26/roubo-no-louvre-fantastico-mostra-detalhes-da-arquitetura-do-museu.ghtml


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